Após o debate da cadeirada, a disputa entre candidatos à Prefeitura de SP esquenta com novas brigas e gritaria, acompanhadas de intensas acusações.

Menos de 48 horas após o confronto físico entre José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB), o debate para a Prefeitura de São Paulo, promovido pela RedeTV! e pelo portal UOL nesta terça-feira (17), foi um verdadeiro caos. A manhã foi marcada por intensas brigas, troca de acusações acaloradas, gritaria e uma enxurrada de pedidos de direito de resposta.

Os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), se enfrentaram em um debate explosivo. O encontro, iniciado às 10h20, foi uma verdadeira arena de confrontos, carregado de tensão e fervor, reflexo das críticas e análises acirradas após o tumultuado debate da TV Cultura no domingo (15).

Desde o início, Marçal se recusou a falar com a imprensa, depois disse que não iria beber a água oferecida pelo evento, e não aceitava o previsto em regra, que deveria se referir aos adversários pelo nome - e não por apelidos pejorativos.

Em uma das perguntas de livre escolha, ele se referiu a Nunes como "Bananinha" e questionou o atual prefeito sobre o boletim de ocorrência por violência doméstica feito pela esposa de Nunes em 2011. O caso foi revelado pela Folha de S. Paulo em 2020.

Nunes não hesitou em atacar diretamente e usou como arma a condenação de Pablo Marçal por furto qualificado em 2010, em primeira instância, relacionada à Operação Pégasus, que visava desmantelar uma quadrilha especializada em invasões bancárias online. Nunes acusou Marçal: 'Ele pode ter saído da cadeia, mas a cadeia nunca saiu dele. O modo como ele trata as pessoas é típico de um criminoso de prisão. Ele se utiliza da provocação, manda mensagens de falsa solidariedade, como fez comigo e com Datena, e tenta enganar pessoas simples e aposentados com e-mails, levando-as a abrir suas contas para roubar recursos. A justiça já o condenou a 4 anos e 5 meses, e agora ele está constantemente atacando os outros.'

Cadeiras parafusadas

Para prevenir novas agressões, a RedeTV! tomou medidas drásticas e prendeu as cadeiras ao chão durante o debate. Realizado na sede da emissora em Osasco, na Grande SP, o encontro também contou com uma regra rígida: qualquer forma de agressão verbal resultaria em expulsão imediata. Além disso, um vídeo exclusivo do blog da jornalista Andréia Sadi revelou que a emissora designou um segurança para cada candidato presente no estúdio."